jueves, 7 de mayo de 2009

MULHERES DA RAIA PREMIADO NO FESTIVAL CAMINHOS DO CINEMA PORTUGUÊS




XVI EDIÇÃO DOS CAMINHOS DO CINEMA PORTUGUÊS

Esta foi uma semana intensa de cinema português e de partilha de uma luta comum: a de fazer cinema e divulgar cinema. Faz algum tempo, estava a preencher a inscrição com a esperança de estrear o filme de Mulheres da Raia em Coimbra, um belo lugar para a apresentação do documentário em Portugal. Tinha vontade de mostrar a história ao público português e o desejo tornou-se realidade.
A antiga Coimbra que não voltava desde a infância cativou-me com as suas ruas estreitas. Deixei-me envolver pelo seu encanto de janelas abertas que deixam voar o fado. E num dos seus becos estreitos conheci a Lucília, mulher doce que me indicou o caminho para descobrir a cidade. Éramos duas desconhecidas que ficamos uma tarde de 25 de Abril á conversa. Voltou a nostalgia dos tempos antigos da cidade académica e a inevitável saudade que provoca o passo do tempo. Lembrou-me um Fado menor: Afinal, o tempo fica /A gente é que vai passando.
Eu falei do filme e das mulheres do norte que me levaram a essas terras, e ela muito curiosa perguntou pelos detalhes. Na despedida agarrou-me do braço e muito baixinho disse-me ao ouvido que iria acender uma vela e pedir pela minha sorte. Tenho que voltar ao número 4 da rua sem nome.

Después de tomar contacto con el alma de esta tierra volví al cine que se nutre de estos momentos mágicos de la vida...
Todo el cine portugués, una propuesta arriesgada y necesaria para hacer visible también la parte más frágil de la industria. La producción independiente estaba presente y la sección documental ampliamente representada. Un equipo comprometido en la difusión de la producción nacional capitaneado por Vítor Ferreira, hermano transmontano que me hizo sentir en casa. La organización de un festival trae muchos quebraderos de cabeza, las cosas no siempre salen como uno quiere, pero de eso también aprendimos.
Una semana para compartir experiencias, frustaciones y agarrarse a la ilusión. Hay muchos días difíciles y muchas barreras para saltar, pero no estamos solos. Somos muchos los que luchamos por el mismo sueño, quizás algún día será más fácil contar historias. Mientras tanto, regreso a mi vida de siempre, pero nada volverá a ser igual. De Coimbra traigo nuevas amistades que se volverán a cruzar en mi camino, muestras espontáneas de cariño y el recuerdo de una noche inolvidable. Mulleres da Raia recibió el premio de la prensa a la mejor película y subí por primera vez a recoger nuestro premio. No es nuevo para mí hablar en público pero me costó articular palabra. La cara de alegría de mis padres del otro lado fue reconfortante, fue ahí cuando comprendí que no tenía que hacer la contabilidad con ellos para agradecerle todo el esfuerzo que han hecho por mí. Dedicarles el premio fue su mayor satisfacción.

Este foi um prémio para a valentia das mulheres da fronteira e para o género documentário.

O cinema em português é possível.




2 comentarios:

  1. Depois dos "Caminhos" e muito longe das condições adequadas, tive hoja a gratificante experiência de rever MULHERES DA RAIA no meu Bravia Full HD de 42 polegadas, com o som debitado por colunas Mordaunt-Short série Gold de 150w e fiquei deslumbrado a ponto de me emocionar! Gente de carne e osso, num documentário vivo, duma realizadora menina-adulta. Parabéns, Diana. Fernando Mateus

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  2. Diana

    Gostei muito de te conhecer no Maus Hábitos. Sou um Minhoto adoptado. Sempre que posso fujo para o Minho e passo várias vezes por Valença. Ando por esses caminhos que filmaste, mas porque gosto da natureza, principalmente de cogumelos. Continua a contar histórias e a recuperar a nossa verdadeira memória. Aquela que importa.
    Manel

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